8 de novembro de 2012

Inov C16 - DST SGPS - EUA - João Wang de Abreu


Dentro das energias renováveis a energia solar é uma das maiores apostas da DST, sendo os Estados Unidos da América uma das frentes de actuação, recorrendo a painéis fotovoltaicos Made In Portugal e utilizando competências técnicas nacionais, adquiridas ao longo de mais de 500 projectos realizados.

É neste contexto que um jovem engenheiro do ambiente, ex Deloitte, se enquadra perante o desafio de recorrer às mais-valias e ao melhor que Portugal tem, através do seu ensino sólido em engenharia e às soft skills que fazem parte de todos os lusitanos.

De facto, há muito a dizer sobre diferenças culturais e organizacionais ao nível de métodos de trabalho, cultura empresarial e forma de olhar para os negócios através do ponto de vista americano.

Horários, maneiras de negociar, estilos de vida, valores, cidadania, conceito de sucesso e de felicidade são aspectos que, ao lidar com eles, fazem com que aprendamos todos os dias. A verdade é que todos os europeus deveriam, ao longo das suas carreiras, contactar com esta cultura.

De início é normal haver diversos preconceitos em relação à América, face às notícias, filmes e documentários que atravessam o Oceano Atlântico.

A verdade é que, após o difícil custo de entrada nesta sociedade (diria 1 mês de adaptação) e passado o primeiro choque cultural e idealístico, começamos a compreender o porquê daquilo que vemos no dia-a-dia e vamo-nos adaptado ao estilo de vida americano. Como dizia Pessoa, referindo-se à americana Coca-cola “primeiro estranha-se, depois entranha-se”. Aos poucos vamos absorvendo e sendo absorvido por esta panóplia de diversidade e riqueza cultural, aprendendo com o melhor que cada cultura tem para nos oferecer.

As principais diferenças entre a realidade nacional e a americana estão, provavelmente, ligadas a conceitos como eficiência, pragmatismo e ao facto de se ir directo ao assunto, sem rodeios e chicos espertismos. A este nível, a forma como se encara os negócios e formas de trabalhar fazem com que as coisas realmente funcionem e aconteçam.

A massa cinzenta nacional é cada vez mais reconhecida a nível internacional, e temos qualidades únicas quando comparados com outros países, ao nível da adaptabilidade, versatilidade, aptidão para línguas e pensamento out of the box. A junção destas características com o melhor da sociedade americana potencia as qualidades chave para o sucesso de uma equipa de trabalho e, por sua vez, das empresas que acolheram cerca de 30 inovs nas terras do tio Sam, em 2012.
My last meal in US. Cozido à Portuguesa. Obrigado ao Joe, Ricardo e Vítor, companheiros de aventuras e desventuras.
E com esta história do Sandy não foi possível fazer seja o que for ao longo dos meus últimos dias em NYC. Posto isto, não se pode dizer que saí da big apple em paz com a cidade. Não foi feito o "closure" como deve de ser. É pena... a despedida do emprego foi feita à pressa e a despedida da cidade não foi feita como deve de ser.
Por vários dias parecia que estava no 3º mundo. Acho estranho como é que a maior potência económica mundial não tem medidas de contingência mais eficazes para este tipo de situações. Refiro-me mais especificamente a NYC.
Mas pronto... foi o fim de uma jornada muito interessante, onde vivenciei muito. Todos os europeus deveriam viver pelo menos 6 meses nos USA para aprenderem assim como eu aprendi.